Não é um restaurante exclusivamente vegetariano, até porque serve pratos de carne e peixe, mas todas as atenções estão viradas para os vegetais que aqui ganham um novo brilho e um sabor indiscutível pelas mãos do chef Pedro de Sousa.
Depois de abrir a sua Cozinha na Rua de São José, o Sr. Lisboa abriu agora portas na Rua de São Bento. No novo Jardim, uma grande árvore no centro da sala principal dá-nos as boas-vindas, que encaram de frente com um cenário de folhagens verdejantes por todo o restaurante. Junta-se uma generosa esplanada e uma vista privilegiada para a Assembleia da República, um autêntico oásis na cidade. Os assentos das cadeiras floridos e cheios de cor contrastam com as madeiras e o mármore, materiais nobres escolhidos para servirem de pilares a este Jardim. Este é o espaço ideal para um descontraído almoço ou jantar, com inusitados cocktails, ou para um delicioso brunch ao fim de semana.
Os ingredientes verdes são aqui trabalhados de forma criativa e orgânica. Este novo espaço mostra-se consciente do impacto que a criação e produção animal tem no planeta, pelo que nesta cozinha trabalha-se com base no equilíbrio e numa carta pensada com respeito pela sazonalidade de produtos provenientes maioritariamente de produtores locais e orgânicos. A partilha está presente no seu ADN, pensado para viver momentos de felicidade à mesa.
Francisco Breyner, responsável pelos restaurantes A Cozinha e O Jardim do Sr. Lisboa, explica que este novo espaço “foi um desafio pessoal a que nos propusemos. Eu e o Pedro de Sousa tínhamos vontade de fazer algo do género há muito tempo, um restaurante que celebrasse o lado mais sexy dos vegetais. Queríamos obrigar-nos a pensar e a fazer diferente do que existe na cidade e no país, e o resultado deixa-nos muito orgulhosos”.
O primeiro impacto com o menu faz-se com o couvert, composto por pão de fermentação natural da Marquise, manteiga de levedura e miso e azeitonas do Douro com algas da costa portuguesa. Segue-se “E umas ostras no jardim?” (Ostras com chili lacto-fermentado, água de tomate fumada e óleo de salsa); “Pede-me Isto!” (Tarteletes de cogumelos, manteiga castanha e ervas do Jardim) ou o delicioso “Venham mais cinco, mas não paga o Zeca” (Croquetes de beringela com molho de gemas e whiskey.
O menu apresenta depois pratos mais consistentes, na secção Piquenique, onde se destacam o “Esta flor não se cheira, frita-se” (Couve-flor frita); o “Chora agora!” (Tártaro de beterraba semi-desidratada e fumada com emulsão de manteiga queimada) e terminamos com um manual de boas maneiras – “Não se fala de boca cheia” (Couve portuguesa e o seu cabrito). Terminamos da melhor forma com o já conhecido Pastel de Nata, uma especialidade da Cozinha do Sr. Lisboa que chega à mesa sob a forma de creme de pastel de nata, molho de canela e gelado de café, absolutamente imperdível!
O empratamento é cuidado e o nome dos pratos é altamente sugestivo e animado, de acordo com todo o ambiente que nos rodeia. A refeição fez-se acompanhar por autênticas bebidas com destaque para as cervejas artesanais e para a selecção cuidada de vinhos, a cargo do sommelier Diogo Frade, cuja garrafeira é composta por 70% de vinhos naturais, portugueses e internacionais. O serviço simpático e irrepreensível acompanhou toda a experiência.
Este maravilhoso espaço é uma autêntica natureza em plena cidade, para visitar múltiplas vezes e em variadas ocasiões, um refúgio que nos transporta para momentos de descontração e puro prazer. O Jardim germinou e é tempo de colheita!
Mais info: www.srlisboa.pt/jardim
By Carla Branco